domingo, 30 de outubro de 2011

Alice in Chains

ALICE IN CHAINS
Grunge
USA, 1987
Melhores temas: Would / Man in the Box / Nutshell / No Excuses / Down in a Hole / Them Bones / I Stay Away / Brother / Rooster / Angry Chair / Heaven Besides You / Sludge Factory / Grind / Again

Comentário: Alice in Chains são uma das várias bandas que saiu do caldeirão de Seattle e representam - discutivelmente - o seu expoente máximo. Porquê? Enquanto que Pearl Jam, Nirvana e Soundgarden têm influências claras de bandas de outros géneros que lhes precederam, Alice criaram um estilo completamente distinto.
Tudo encaixa perfeitamente para a criação desse estilo único: a oscilação entre riffs de guitarra distorcida que bebem inspiração no Heavy Metal e as várias baladas acústicas coaduna-se com a flutuação entre as letras de Layne Staley, sombrias e auto-destrutivas, provenientes de acontecimentos como abuso de drogas, depressão, pensamentos suicidas e as letras de Jerry Cantrell, amarguradas e desgostosas, adjacentes a relações pessoais. Para tornar perfeita esta comunhão, os dois partilham os vocais, sendo a harmonização frequente das duas vozes uma imagem de marca dos Alice in Chains.
Sem dúvida, uma das melhores bandas dos anos 90.

Classificação: 19

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Gorillaz

GORILLAZ
Alternative Rock, Trip Hop, Electro
UK, 1998
Melhores temas: Feel Good Inc / Kids With Guns / Clint Eastwood / Rhinestone Eyes / Empire Ants / Slow Country / Sound Check / Dirty Harry / Plastic Beach / Pirate Jet / On Melancholy Hill / Every Planet We Reach is Dead / O Green World / Re-Hash / 5-4 / Starshine / Stylo

Comentário: O projecto de Damon Albarn tinha como pedra angular a extensão da música criada a uma banda virtual, inserida num universo fictional. Primou desde sempre pelo ecletismo - muito ecletismo - misturando inicialmente as reminiscências do Britpop dos Blur com grandes doses de Hip Hop e ainda de Dub (sobretudo nas basslines), originando um género de Trip Hop fundido com Rock Alternativo. Numa fase mais recente, o foco aponta para a música Electrónica, navegando por entre refrões Pop, sintetizadores à la Krautrock e até passagens a lembrar remotamente Dubstep, mantendo sempre o Hip Hop presente.
Albarn juntou universos tão diferentes como sítaras, saxofones, sintetizadores e scratch. A verdade é que existe uma constante ao longo da discografia dos Gorillaz: a qualidade, os riffs que toda a gente recorda e refrões com melodias extraordinárias.
Inicialmente considerados um projecto lateral, os Gorillaz são actualmente uma banda com alguns dos melhores temas produzidos na década de 2000.

Classificação: 17

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nas

NAS
Hip Hop
USA, 1989
Melhores temas: Memory Lane / Life's a Bitch / NY State of Mind / The World is Yours / One Time 4 Your Mind / One Love / The Message / Halftime / Black Girl Lost / Street Dreams

Comentário: Seja na batida forte com bassline pesada ou na batida suave e relaxada, seja na samplagem de Jazz, Funk, R&B ou até Pop, a rima de Nas mantêm-se sempre pujante e perspicaz, com flow e com significado. O rapper de New York possui na sua discografia um registo denominado Illmatic, aclamado como um dos melhores álbuns da história do Hip Hop (ou não contasse com produtores de luxo como Pete Rock e Q-Tip). Obrigatório para quem goste do género, definitivamente a conhecer por todos os outros.

Classificação: 17

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

The Byrds

THE BYRDS
Folk Rock, Psychedelic Rock
USA, 1964
Melhores temas: 5D (Fifth Dimension) / Eight Miles High / Mr Tambourine Man / Goin' Back / Artificial Energy / My Back Pages / Times They Are-A Changin' / Ballad of Easy Rider / Mr Spaceman / Drug Store Truck Drivin' Man

Comentário: Em largos termos, The Byrds voaram em duas direcções: o Folk Rock - pegaram em baladas Folk tradicional e adicionaram-lhe guitarras eléctricas, sendo considerados pioneiros deste novo género e responsáveis pelo boom do mesmo nos anos 60 - e o Psychedelic Rock - também tidos como pioneiros neste género, com temas que nos transportam para a geração de 60 do lema peace & love (& LSD).
Apesar de terem tido menos sucesso comercial que os contemporâneos The Beatles, Rolling Stones, The Beach Boys e menos reconhecimento no que toca às gravações psicadélicas que os Pink Floyd e os Jefferson Airplane, são sem dúvida uma das bandas mais influentes e de maior qualidade dos anos 60.

Classificação: 17

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Common

COMMON
Hip Hop
USA, 1991
Melhores temas: Ressurection / I Used to Love H.E.R. / Chapter 13 / Nuthin' to Do / Book of Life / Breaker 1-9 / Puppy Chow / Take It EZ / Reminding Me (Of Sef) / Retrospect for Life / The Light / Maintaining

Comentário: O rapper de Chicago é forte na rima - sempre politica e socialmente consciente - e as samples usadas para construir cada canção são escolhidas com um bom gosto que poucos conseguem - do mais refinado Jazz ao R&B/Soul mais suave. O resultado são temas muito polidos, que transmitem uma panóplia de sensações que dificilmente deixarão alguém indiferente. Qualquer pessoa que se considere fã de Hip Hop tem de conhecer o nome de Common. E para amantes de música em geral, podem encontrar longo da discografia verdadeiras pérolas musicais.

Classificação: 18

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Joy Division

JOY DIVISION
Post-Punk
UK, 1976
Melhores temas: Love Will Tear Us Appart / New Dawn Fades / Dead Souls / Atmosphere / Digital / Disorder / Transmission / She's Lost Control / The Eternal / Passover / Shadowplay

Comentário: A banda britânica, eternamente marcada pelo suicídio do mítico vocalista Ian Curtis, foi pioneira do movimento Post-Punk do final dos anos 70. A melodia é deixada a cargo do baixo e ocasionalmente dos sintetizadores, a guitarra dá o ritmo e os riffs e a bateria acompanha, sendo que a voz barítono característica de Ian Curtis dá um cunho pessoal à banda. Outra marca muito singular são as letras - todas escritas por Ian Curtis - onde transparece sofrimento e tristeza. Temos assim a oscilação entre o dançável e o sombrio, que dá lugar a uma só constante na obra dos Joy Division: a beleza. Seja num riff pardacento de guitarra ou numa melodia harmoniosa do sintetizador, a beleza de cada nota impressiona. E de cada palavra também. Com apenas 2 álbuns de estúdio no currículo e 4 anos de existência, conseguiram tornar-se um marco muito importante na história da música.

Classificação: 18

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Frank Zappa

FRANK ZAPPA
Experimental Rock, Progressive Rock, Jazz Fusion
USA, 1966
Melhores temas: Cosmik Debris / Muffin Man / Bobby Brown (Goes Down) / Cocaine Decisions / Dancin' Fool / Don't Eat the Yellow Snow / Stinkfoot / Po-Jama People / Camarillo Brillo / Whippin' Post / Trouble Every Day / Sleep Dirt / Inca Roads / Peaches in Regalia / Montana / Joe's Garage

Comentário: Frank Zappa é inegavelmente um génio, uma das mentes mais criativas e expressivas do século XX. A sua música abrange uma quantidade infindável de géneros musicais - do Rock e Blues convencionais, passando pelo Jazz e música orquestral, sempre com muita improvisação, instrumentos não usuais e uma panóplia de sons estranhos à mistura. Para além disso é um guitarrista exímio - um dos melhores -, tem uma voz profunda muito distinta e escrevia todas as letras, muitas delas com grande sentido de humor e com uma crítica socio-política latente. Sem dúvida um dos compositores e guitarristas mais originais de sempre, e um verdadeiro marco na história da música.

Classificação: 19